quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Especial Círculo das Ideias: Eu, Robô de Isaac Asimov #7 "Evasão!"

Tirado do site MiGFLUG
– De certa forma. Mas esses incidentes que descrevi não se aplicam muito ao o mundo moderno. Quero dizer, houve apenas um robô que lia mentes, e as Estações Espaciais estão ultrapassadas e em desuso, e a mineração realizada por robôs é vista com maior naturalidade. E quanto às viagens interestelares? Faz só uns vinte anos que o motor hiperatômico foi inventado e todos sabem muito bem que foi uma invenção robótica. Qual é a verdade sobre elas? - Isaac Asimov
Depois das aventuras fora da Terra, a Dra. Susan Calvin volta e se une a equipe da U.S. Robots para resolver outro mistério. No meio de uma grande corrida espacial entre a U.S. Robots e a Consolide Robots, a Consolide pede a U.S. Robots que resolvam um problema que fritou sua própria super-maquina Pensador, dando cem mil para a concorrente se não solucionar a equação e duzentos mil se houvesse solução, mais os custos de construção da máquina em questão e mais um quarto de todos os lucros provenientes disso.

O problema é como construir uma unidade de hiperespaço para os seres humanos, criando a possibilidade da humanidade não só colonizar os planetas próximos, mas sim criar um império galático. Susan acha que a razão pela qual a Consolidated teve problemas é porque construir a unidade do hiperespaço envolve danos aos seres humanos, levando a primeira lei (um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, permitir que um ser humano sofra algum mal) e a segunda lei (um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas por seres humanos) ao conflito.

O que seria uma vantagem em relação a concorrente, a super-máquina da U.S. Robots chamada de Cérebro, é capaz de lidar com o dilema porque ter uma espécie de personalidade (circuitos emocionais) tornando mais resiliente. O mais estranho é que ele não reconhece a existência de algum problema, prometendo construir a nave.

No desenrolar do conto, temos a volta de Donovan e Mike, responsáveis por inspecionando a nave dois meses mais tarde. Lá dentro eles notam coisas estranhas - a falta de cabines, rádio - e, enquanto estão lá, sem ordem de ninguém, ela decola...

Escrito em 1945 publicado na Astounding, teve seu título mudado de Escape para Paradoxial Escape por John Campbell porque dois anos antes ele tinha publicado uma história cujo o título era o mesmo. A lógica do motor hiperatômico e as dobras espaciais pode ser vista nos filmes das sagas Star Wars e Star Trek.

AJUDE A EQUIPE ASIMOV

Com a missão de expandir conhecimentos, impulsionar a criatividade e possibilitar crescimento acadêmico, profissional e pessoal a seus membros, a Equipe Asimov e os alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), campus Colatina, participaram e foram campeões na XV Competição Latino-Americana de Robótica (LARC) que ocorreu nos dias 8 a 12 de outubro de 2016, em Recife, Pernambuco. Além dos certificados e troféus, a equipe ganhou uma vaga para representar o Brasil no campeonato mundial que acontecerá no Japão, porém não tem dinheiro o suficiente para bancar a viagem. Nós, do Golem, apoiamos a iniciativa. Para doar e realizar esse sonho dos competidores, clique aqui e contribua.



SOBRE O AUTOR
Nascido em Petrovich, na Rússia, em 1920, Isaac Asimov editou e escreveu mais de quinhentos livros entre eles O fim da eternidade, Os próprios deuses e Fundação – universo criado em uma triologia que foi expandida para mais quatro livros e que rendeu uma premiação com um Hugo, a mais cobiçada homenagem prestada pela Convenção Mundial de Ficção Científica, como a melhor série já escritaSeu conto O cair da noite, escrito em 1941, foi considerado pela Associação dos Escritores de Ficção Científica da América como a melhor história de todos os tempos. Escritor diversificado, escreveu para todos os ramos imaginados: mistérios, artigos científicos, romances, enciclopédias, livros didáticos e acadêmicos. Outra coisa que foi constante na vida de do autor – assim como na de muitos cientistas – é o questionamento da existência de Deus (mesmo ele não acreditando na possibilidade de uma presença de força superior). Morreu na cidade de Nova York em 1992, em decorrência do HIV, contraído após uma transfusão de sangue.