Distopia: possui oito letras, três vogais e quatro consoantes; segundo o dicionário é quaisquer demonstrações ou definições de uma associação social futura, definida por circunstâncias de vida intoleráveis, cujo propósito seria analisar de maneira crítica as características da sociedade atual; além de ridicularizar utopias, chamando atenção para seus males; antiutopia.
O termo é a antítese utopia - palavra criada por Thomas More e que serviu de titulo para sua magnum opus publicada em 1516. De origem grega, o prefixo u é empregado com significado negativo e tópos se refere a lugar, enquanto. Assim, (utopia) quer dizer não lugar ou lugar nenhum. Em seu livro, More designou uma ilha perfeita, partindo de um idealismo humano onde tudo é perfeito, harmônico e feliz - um tipo de sociedade com uma situação econômica e social ideal.
E é aqui que chegamos na distopia, onde dys significa afastamento, privação, contrário. Um mundo perfeito na aparência e defeituoso em sua essência: a representação de uma organização social em um futuro caracterizado por condições de vida insuportáveis. Narrativas que valem como advertências ou ironias, explicitando os modernos pactos sociais e as limitações geralmente transpostas no mais alto grau. Ao contrário das utopias, concretizadas em eras totalmente distintas do mundo atual, as distopias estão profundamente enraizadas a nossa forma de viver.
Este é o mundo que vemos nos livros abaixo, que estão organizados pela data de publicação. Cada mês será resenhado um deles.
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Laranja Mecânica – Anthony Burgess (1962) |
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Os Despossuídos – Ursula K. Le Guin (1974) |
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O Concorrente – Stephen King (1982) |
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O Conto da Aia Romance – Margaret Atwood (1985) |