quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Toda a magia do mundo com carinho - Série Trindade Leprechaun (Carolina Munhóz) por Ana Clara Domingues


"Herdeira de uma das marcas mais luxuosas de sapatos e bolsas haute couture do mundo, sucesso, dinheiro e glamour praticamente correm no sangue da irlandesa Emily O'Connell. Tudo dá certo na vida dela. Um dia, porém, Emily percebe que tanta sorte talvez não seja mera coincidência." - Carolina Munhóz

Interessante. Foi a primeira coisa que eu falei quando eu li a resenha do livro, após saber que Carolina Munhóz iria lançar um novo romance. Foi o segundo livro que eu li dela: eu a tinha conhecido na Bienal de 2014, enquanto meu irmão pegava o autógrafo de Raphael Draccon (por sinal, já leu a resenha dele sobre Dragões de Éter ? E a da Bia sobre O Legado Ranger?) e, depois de fazer o maior escândalo porque tinha encontrado minha amiga, descobri que precisava ler algo daquela escritora tão fofa! Ainda bem que eu fiz isso. No ano seguinte, Por Um Toque de Ouro (P1TDO para os íntimos) estreava a primeira trilogia da autora.

E se bilionários fossem leprechauns? A Trindade Leprechaun, como é chamada a coleção, responde a essa pergunta com estilo e reviravoltas: os livros contam a história de Emily O’Connell, uma irlandesa linda e mimada, herdeira da O’C, uma das marcas de bolsas e sapatos mais chiquérrimas do mundo – esnobe e segura de si no início, a personagem foge dos padrões por não ser a principal inocente e simpática que normalmente aparece. Cercada de luxo, noites de bebedeira, homens sempre aos seus pés e muita, muita sorte, Emily começa a notar que é diferente dos outros após ter saído magicamente de situações de perigo e vê que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades e vários problemas.



Em Por Um Toque de Ouro, que se passa em Dublin e Londres, a bilionária esbarra em Aaron Locky. Revoltada por não ter chamado a atenção do charmoso e misterioso americano, Emily começa a se apaixonar e descobrir mais sobre si mesma e sobre o que é enquanto a linha de magia que os conecta fica mais intensa. Seria verdade que todas as respostas estariam contidas em na antiga lenda irlandesa dos leprechauns?

Após acontecimentos inesperados e de grande importância para a história (e o medo de soltar spoilers fica como?), em Por Um Toque de Sorte Emily deixa de ser a ruiva glamorosa que era e concentra todas as suas forças em encontrar vingança. Com o coração partido e motivada pela raiva, O’Connell se junta a Liam Barnett, o ex-namorado de Aaron, e Darren, seu melhor amigo e um dos últimos resquícios de sua antiga vida, e passa pela França, Brasil e EUA em busca do seu pote de ouro, descobrindo mais sobre seu poder e sobre a organização que dá nome à coleção.


Finalmente, em  Por Um Toque de Magia encontramos o tão esperado fim. Aquele que me fez ficar acordada até as 4 horas da manhã de tão empolgada que estava (quem precisa dormir, não é mesmo?). Emily quer chegar ao fundo dessa história: agora na República Checa, passando pela Holanda e finalmente voltando para a Irlanda, ela descobre que nem tudo é preto e branco - há toda uma escala de cinza entre os dois. Novos companheiros, inimigos virando aliados, aliados virando inimigos. O’Connell afinal terá seu poder de volta? Conseguirá voltar a ter a vida de antes, ou será que ela nunca mais terá sorte, seja no amor, nos negócios ou na vida?

Extremamente descritiva e envolvente, a escrita de Carolina Munhóz usa a moda e os cenários para contar não só a história do livro, como a dos locais em que ele se passa e das personagens tão reais que ela cria. Pela primeira vez se aventurando em um mundo que não seja o das fadas, Munhóz mistura cultura pop, citando livros, filmes e músicas, com lendas antigas, cativando qualquer um que tenha a sorte de tocar em seus livros.

ANA CLARA DOMINGUES cresceu envolta por livros. Apaixonada pela arte, colore a vida e não tem preconceitos, abraçando todos independentemente de idade, sexo, cor, pensamento ou do universo em que vive. Lê qualquer coisa, desde poesia trovadora, passando por romances históricos até literatura fantástica. É um pouquinho convencida, mas ama qualquer boa conversa.