domingo, 22 de maio de 2016

A perversão fatal da humanidade: A Lei - Frédéric Bastiat

A primeira página já dá o tom da prosa

A direita cresce no Brasil. Isso é inegável. Mas é preciso ter coragem de dizer que é um abertamente. A prova disso é a coragem da Faro Editorial em colocar nas prateleiras uma edição comentada de, A lei, de Frédéric Bastiat com um subtítulo um pouco ousada em tempos atuais: Por que a esquerda não funciona?




Nos tempos atuais o Brasil afundado em uma crise política onde tudo pode mudar a cada segundo. Michel Temer assumindo interinamente a presidência da República a pouco mais de uma semana dá amostras disso, com a extinção e a volta do MinC (Ministério da Cultura), e prova que tomar as rédeas do país não será fácil, com manifestações nacionais e internacionais alegando golpismo no processo de impeachment.

Mas o atual presidente não é o assunto principal.

Frédéric Bastiat. Os temas por ele tratados ainda levantam polêmicas até hoje

Economista, ensaísta, filósofo e jornalista com uma extensa obra, Bastiat defende que a lei "é a organização coletiva do direito individual de legítima defesa" de direitos básicos da vida. Conservador, ele tem uma pegada um pouco mais radical. Contra impostos e gastos desnecessários, ele se vê como resistência em uma França que tinha ares de politicas que seriam denominadas socialistas.

Atacando ideias de Rousseau, Montesquieu, Bossuet, ele desenvolve a teoria que a lei foi corrompida, e essa corrupção tem dois eixos: a cobiça obtusa e a falsa filantropia.

Defendendo o pensamento liberal, ele é um dos pais do mesmo. Enquanto Adam Smith representa a economia, John Locke a sociedade, Bastiat vai para o lado histórico. Utilizando a história da Revolução Francesa, ele argumenta que o povo tinha boas intenções, porém foi enganado (Capítulo: Causas da revolução na França). Ele trata de temas como liberdade, direitos à propriedade, espoliação, igualdade, livre iniciativa, impostos, democracia, sufrágio universal, autoritarismo e tantos outros que, passados quase dois séculos, ainda provocam debates acalorados.

Entre seus herdeiro e seguidores se destacam a Escola Austríaca (Carl Menger, Eugen von Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises e Friedrich Hayek) e a Escola de Chicago (tendo o seu maior representante Milton Friedman).

EDIÇÕES

A duas edições do mesmo livro disponível em português. A da Faro Editorial é a mais recente, mas também tem a do Instituto Mises Brasil.

Particularmente falando, a da Faro é melhor. Tem notas de rodapé, ilustrações e uma boa introdução para quem quer ter o primeiro contato com o pensamento liberal. Porém a edição PDF do livro está de graça.

LINK para a edição da Faro Editorial.
LINK para a edição do Instituto Mises Brasil.