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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Saraiva fecha 20 lojas e deixa segmento de tecnologia - via PublishNews



A Saraiva anunciou na tarde desta segunda-feira (28) o fechamento de 20 lojas. A movimentação, que chegou poucos dias depois do anúncio da recuperação judicial da Livraria Cultura, deixou o mercado editorial na ansiedade. Em conversa que teve com o PublishNews no fim da manhã desta segunda-feira, Marcos da Veiga Pereira, presidente da Sextante e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) falou em "um ambiente de incertezas". Apesar dos rumores e das incertezas, as ações da companhia se mantiveram estáveis até o fechamento desta edição, com discreta alta de 0,38%, valendo às 14h, R$ 2,98.

Em comunicado, a companhia informou que a medida foi necessária diante dos desafios econômicos e operacionais do mercado, além de indicadores que retratam uma mudança na dinâmica do varejo.

A empresa fala ainda de uma mudança no mix de produtos de suas lojas físicas. A área de tecnologia, onde estão os produtos de telefonia e informática, passarão a ser vendidos no modelo de negócio de marketplace próprio, que atualmente já opera integrado ao seu e-commerce.

A empresa comentou ainda as demissões decorrentes do fechamento das unidades: “A readequação do quadro de funcionários faz parte da estratégia da companhia em busca de maior competitividade e desenvolvimento sustentável de sua operação de varejo”. A empresa afirma ainda que seguirá todas as normas trabalhistas previstas em lei nos desligamentos que acontece agora.

O mercado deve ficar atento ao calendário e marcar o próximo dia 12 de novembro. É que nessa data a Saraiva divulga os seus resultados do terceiro trimestre de 2018. Os números poderão indicar a situação da saúde financeira da empresa líder no segmento livreiro no Brasil. No dia seguinte, a direção da empresa faz teleconferência com investidores e acionistas.

Confira abaixo a íntegra do comunicado

A Saraiva informa que, ante os desafios econômicos e operacionais do mercado e indicadores que retratam uma mudança na dinâmica do varejo, tem tomado uma série de medidas voltadas para a evolução da operação e perenidade do negócio.

Em linha com sua estratégia, as iniciativas refletem um esforço da companhia em obter rentabilidade e ganho de eficiência operacional, dentro de uma estrutura mais enxuta e dinâmica. Nesse sentido, as medidas adotadas pela companhia incluem o fechamento de algumas lojas. Com este movimento, a empresa dá continuidade ao seu plano de transformação, que inclui aberturas, reformas e fechamentos de unidades, a fim de manter sua operação saudável e cada vez mais multicanal. A empresa inaugurou neste ano quatro lojas dentro do novo conceito nas cidades de Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ) e Olinda (PE).

A empresa continua a investir em seu futuro e reforçará sua estratégia voltada para o digital, com uma operação, cada vez mais, omnichannel para atender seus clientes em todas as plataformas, e passa a contar com 84 lojas físicas e e-commerce. Este último, com crescimento significativo nos últimos anos, alcançando 38,4% do total de vendas da companhia no segundo trimestre de 2018. Esse resultado reflete o investimento na transformação do negócio, com ações interativas e a integração de novas soluções que trazem mais agilidade e consistência aos dados obtidos, melhorando a experiência em nosso canal e-commerce.

Além disso, a empresa focará seu negócio no mercado de livros, que representa a essência da companhia e é hoje a categoria mais vendida pela rede. Complementar ao universo de leitura continua a ofertar produtos de papelaria, games, filmes e música. Com isso, os itens de tecnologia, que incluem telefonia e informática, passarão a ser vendidos no modelo de negócio de marketplace próprio, que atualmente já opera integrado ao nosso e-commerce.

Dentro do marketplace conseguimos com uma curadoria ampliar o sortimento de produtos. Esta operação é parte da transformação digital da companhia, que vem agregar uma experiência ainda mais qualificada e inclui categorias de produtos complementares e em sinergia ao negócio, como smartphones, computadores, brinquedos, artigos de decoração, entre outros.

Somos uma empresa com 104 anos e uma das maiores redes varejistas de educação, cultura e entretenimento do país. Estamos presente em 17 estados brasileiros e no Distrito Federal, além da operação de e-commerce que cobre todo o território nacional. Somos participantes ativo da vida das pessoas, de crianças, jovens a adultos. Acreditamos na transformação por meio do acesso à cultura e educação e reforçamos a nossa crença de ter a leitura como um dos pilares essenciais para o desenvolvimento do Brasil.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Livraria Cultura acaba de pedir recuperação judicial



A Livraria Cultura acabou nessa tarde, de pedir recuperação judicial.

A Livraria que comprou a operação da Fnac no Brasil e mais recentemente a plataforma Estante Virtual começou seu negócio com o aluguel de 10 exemplares de livros em alemão na casa de Eva Herz. Os negócios cresceram, e hoje ela conta com 18 loas espalhadas pelo Brasil, sendo que uma delas é simplesmente a maior do país.

Com um dos maiores acervos de livros no Brasil, a Livraria Cultura está endividada e não consegue gerar lucro o suficiente para cumprir suas obrigações. Estima-se que mais de 300 editoras vão entrar no polo passivo como credores.

Outra grande nesse ramo, a Saraiva não paga seus fornecedores desde Março. 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Livraria Cultura compra e-commerce de livros Estante Virtual - via Folha de SP


A Livraria Cultura anunciou nesta terça-feira (26) a compra da plataforma on-line Estante Virtual.

A Estante Virtual, que se denomina um marketplace de livros, ou seja, um vendedor on-line de produtos de terceiros, possuí 4 milhões de clientes cadastrados e 17,5 milhões de livros vendidos. Estando no mercado há mais de dez anos como um portal de venda de livros novos e usados.

Em um comunicado, o presidente da Livraria Cultura e da Fnac Brasil, Sergio Herz diz que As práticas da Estante convergem com os valores da Cultura, uma empresa que começou justamente alugando livros novos e usados, como quis minha avó, Eva Herz.

Os valores envolvendo o trespasse não foram divulgados.

A Livraria Cultura faz mais uma jogada no meio digital. A empresa passou a cuidar das operações e-commerce da Cnova, rede que reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Extra. As três lojas sempre venderam livros populares, como os religiosos, os voltados a saúde e autoajuda. Neste ano também comprou a operação brasileira da Fnac, multinacional francesa com 12 lojas em sete Estados, encerrando os boatos que circulavam há anos no mercado, de que a Cultura e a Saraiva preparavam uma fusão. A rede brasileira somada com a rede francesa, por sua vez, tem agora 30 livrarias no país (a Saraiva tem 99, possuindo 20% do mercado).

A notícia surpreendeu o mercado na época em razão da situação financeira delicada da Cultura, a terceira no segmento livreiro no país.

Apesar do anúncio de compra, a operação Fnac/Cultura envolveu uma injeção de recursos por parte da própria Fnac, que pagou para que a Cultura assumisse a subsidiária da multinacional no Brasil. Ao passar a empresa para a frente, os franceses da Fnac estariam se livrando de arcar com os custos ligados ao fechamento. Seguindo a mesma lógica, o negócio com a Estante mostra que a Cultura, apesar das notícias de fragilidade financeira, estaria ainda em uma situação considerável.

Para a Cultura, os acordos significam uma chance de elevar escala, aprimorar distribuição e fortalecer sua atuação na internet. A empresa projeta um aumento de mais de 60% nas transações on-line nos próximos dois anos.

A aquisição da Estante é também uma forma de a Cultura se aproximar da concorrente Amazon, que, em abril, começou a vender livros novos e usados em seu site no Brasil.

Após um 2016 com resultados negativos, em 2017, no acumulado do ano até novembro, o mercado de livros cresceu 5,89% em volume e de 6,63% em valor na comparação com o mesmo período do ano anterior.