A ÁGUA FRIA QUE FOI ARREMESSADA EM MEU ROSTO sem qualquer cerimônia me trouxe de volta à realidade e me fez perceber que o inferno, afinal, não precisava de chamas ou demônios; bastava um homem com técnicas bem peculiares e um local escuro e congelante onde ninguém poderia ouvir minhas súplicas - Marcus Barcelos
"Quando eu tinha mais ou menos dez anos de idade, decidi que queria ser escritor. Foi uma daquelas coisas que a gente decide antes mesmo de descobrir se leva jeito." |
Primeiro eu queria agradecer ao autor. Esperei muito tempo por essa continuação - quase dois anos. Retomando de onde parou seu antecessor Horror na Colina de Darrington, Dança da Escuridão nos trás de volta ao lado de Benjamin Francis Simons e os terríveis acontecimentos vividos por ele.
Na trama vemos o fator tempo como algo fundamental. Do tempo que o personagem ficou no sanatório até o desenrolar da trama. Marcus constrói o personagem desconstruindo o mesmo. Benjamin evoluiu - ou retrocedeu de certa forma - e tudo o que ele sofreu faz parte dele, mas ao mesmo tempo ele tem que se livrar dessa parte.
De tudo, eu queria dizer que para mim, o livro cometeu uma pequena canelada: na cena que começa no último parágrafo da página 121 e termina no final da 122. Para os que ainda vão adquirir o livro, minha impressão foi que o autor pesou a mão naquela parte, não havendo necessidade dela ser incluída, já que a situação tinha sido subentendida nas páginas anteriores.
Entrando em contato com ele e discutindo um pouco essa cena, ele me contou que era para justamente chocar, como aquelas coisas realmente são pesadas e a maldade da Organização - que usa nomenclaturas genéricas, sem maiores detalhes, para não chamar a atenção. Me lembrou também do rigor do Pedro Almeida com relação ao que publica, e que a cena é a que impulsiona o protagonista a fazer tudo o que faz.
A trama curta e bem construída no primeiro livro ganha maior profundidade nesta sequência alucinante. Com uma narrativa adulta e não linear, o narrador alterna entre o passado - infância, adolescência e outras experiência - e o presente. Com o dobro de páginas, com Dança da Escuridão Marcus acerta novamente, prendendo o leitor do início ao fim como no primeiro livro.
Boa leitura e bom sustos!
Na trama vemos o fator tempo como algo fundamental. Do tempo que o personagem ficou no sanatório até o desenrolar da trama. Marcus constrói o personagem desconstruindo o mesmo. Benjamin evoluiu - ou retrocedeu de certa forma - e tudo o que ele sofreu faz parte dele, mas ao mesmo tempo ele tem que se livrar dessa parte.
De tudo, eu queria dizer que para mim, o livro cometeu uma pequena canelada: na cena que começa no último parágrafo da página 121 e termina no final da 122. Para os que ainda vão adquirir o livro, minha impressão foi que o autor pesou a mão naquela parte, não havendo necessidade dela ser incluída, já que a situação tinha sido subentendida nas páginas anteriores.
Entrando em contato com ele e discutindo um pouco essa cena, ele me contou que era para justamente chocar, como aquelas coisas realmente são pesadas e a maldade da Organização - que usa nomenclaturas genéricas, sem maiores detalhes, para não chamar a atenção. Me lembrou também do rigor do Pedro Almeida com relação ao que publica, e que a cena é a que impulsiona o protagonista a fazer tudo o que faz.
A trama curta e bem construída no primeiro livro ganha maior profundidade nesta sequência alucinante. Com uma narrativa adulta e não linear, o narrador alterna entre o passado - infância, adolescência e outras experiência - e o presente. Com o dobro de páginas, com Dança da Escuridão Marcus acerta novamente, prendendo o leitor do início ao fim como no primeiro livro.
Boa leitura e bom sustos!