NÃO precisa pensar que estou louco, Eliot - muitos outros têm preconceitos mais bizarros que este. Por que você não ri do avô de Oliver, que não anda de automóvel? Se não gosto daquele maldito metrô, o problema é meu; e, de qualquer modo, nós chegamos aqui muito mais rápido com o táxi. Teríamos sido obrigados a caminhar ladeira acima desde Park Street se não tivéssemos tomado o carro. - H.P. Lovecraft
Compondo o Ciclo de Cthullhu da coletânea da editora Ex-Machina, O modelo de Pickman nos apresenta a narrativa contada por Thurber para Eliot, seu ouvinte. Ele conta como travou contato com a obra de Richard Upton Pickman, um pintor de Boston expulso da acadêmia por apresentar obras de arte mórbidas e como uma pesquisa sobre arte fantástica o deixo de nervos frágeis.
Escrito em 1926, o conto trás fontes históricas como os julgamentos das bruxas de Salem, ocorridos no século XVII, e trás para o plano de fundo do horror presente no tempo moderno - como as criaturas no metrô de Nova York e as fotografias dos modelos que o pintor usava.
A história é a aplicação de conceitos desenvolvidos em seu ensaio O Horror Sobrenatural Na Literatura também compara o trabalho de Pickman com o de vários artistas reais, incluindo John Henry Fuseli (1741-1825), Gustave Doré (1832-1883), Sidney Sime (1867-1941), Anthony Angarola (1893-1929), Francisco Goya (1746-1828) e Clark Ashton Smith (1893-1961). Com o passar da narrativa, nós vemos que Pickman não é um ser humano comum, se cogita durante a narrativa ele ser um changeling: uma criança trocada - a prole de uma criatura lendária que foi deixada secretamente em troca de uma criança humana.