quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

10 caninos do folclore

Via Ei Nerd
É dito que todo cão está a apenas algumas refeições de se tornar um lobo. Não importa o quanto o seu cão possa parecer domesticado, nunca se esqueça de que, por baixo daquele exterior difuso encontra-se o instinto animal puro de um assassino nato. Nossos ancestrais devem ter percebido, também, de que outra forma você explicaria o fato de que há um lugar escuro no inferno reservado para cães em quase todo folclore e mitologia de todas as culturas? Há uma razão para se trancar as portas à noite, e não é apenas para manter o frio fora.

10 – Adlet, O Canibal do Inverno


Na mitologia Inuit, os Adlet são uma tribo de criaturas que têm a parte inferior do corpo de um cão e parte superior do corpo de um ser humano. Estes animais ferozes perseguem a noite, aproveitando-se das pessoas que andam muito longe da aldeia. Por causa de seus corpos superiores humanos, eles são geralmente referidos como canibais.

As origens do Adlet estão mergulhadas em derramamento de sangue. Durante o conto, uma jovem moça vivia com seu pai, mas se recusou a casar com qualquer um dos homens na sua aldeia. Eventualmente, um cachorro apareceu, e a moça se casou com ele. Juntos, a menina e o cão tiveram 10 filhos. Cinco eram cães, e os outros cinco foram uma mescla profana de homem e besta – os cinco Adlet originais.

Quando a carga caiu sobre pai frustrado da garota para alimentar toda a ninhada, ele levou a família para uma pequena ilha e disse ao cão-pai para nadar da costa a cada dia para conseguir comida. Mas ele tinha um plano tortuoso – quando o cão veio para arrumar alimento, o pai encheu dois sacos com pedras em vez de carne. Lutando contra o peso, o cão escorregou sob as ondas e se afogou. Quando a menina descobriu, ela comandou seus filhos a roer as mãos e os pés de seu pai, então ela mandou-os para a vida selvagem para se defenderem sozinhos. O Adlet se tornou uma tribo das sombras, caçados pelo homem, mas ligado a ele por sua fome de carne humana. Eles ainda estão lá fora, esperando.

9 – Black Shuck, O Fantasma Mensageiro


Um cão preto monstruoso da lenda de Suffolk, Black Shuck foi reencarnado várias vezes ao longo dos séculos. Apesar de suas origens tão turvas como as águas em que ele arrasta sua presa, a história original do Black Shuck parece ser que ele estava possuído por um homem que acabou vítima de um afogamento horrível nos pântanos de Suffolk County.

Chorando por vingança, a alma atormentada do homem possuía o corpo mais próximo que pudesse encontrar – seu fiel cão Shuck, que ainda estava sentado à beira da água, à espera de seu mestre a emergir. Alimentada pelo sangue e pelo mal, o cão demônio cresceu em proporções míticas, alternadamente descrito como sendo do tamanho de um cavalo, e, em séculos posteriores, o tamanho de uma bicicleta. Os olhos do cão brilham como o fogo vermelho, e seu uivo pode ser ouvido ecoando sobre os mouros em uma noite encharcada de nevoeiro. Enquanto seu latido infernal vai provocar arrepios na espinha, a única coisa que você não vai ouvir são seus passos acolchoados, enquanto se esgueira por trás de você.

8 – Panhu, o Caça-Cabeças


O povo Yao é uma minoria étnica que vive nas montanhas do sudoeste da China. Entre seu folclore está a história de Panhu, o pai da sua raça. A história começa, como muitos fazem, com um verme de ouro que viveu no ouvido da esposa do imperador. Todo dia, ela queixou-se de dores de ouvido, até que o médico real a examinou e descobriu o verme enrolado atrás do tímpano dela. O verme foi desembaraçado e colocado sob uma cabaça, onde ele cresceu e se tornou um cão feroz com os bigodes de um dragão. Este cão, Panhu, tornou-se o animal de estimação do imperador.

Os anos se passaram, e o imperador viu suas terras sob a invasão de um senhor da guerra estrangeira. Lutou enquanto pôde, mas hordas continuaram avançando e matando seu povo. No final de sua sagacidade, o imperador publicou uma recompensa: Quem pudesse trazer-lhe a cabeça do senhor da guerra seria recompensado com a mão de sua filha em casamento. Mas embora a menina fosse bela, seu fascínio não era páreo para a reputação de gelar os ossos do senhor da guerra, e a recompensa não foi reclamadas. Finalmente, o próprio Panhu partiu para o campo inimigo. Depois de vadear através de onda após onda de defensores, Panhu voltou com a cabeça cortada do guerreiro presa em suas mandíbulas.

Neste ponto, a história toma direções diferentes, dependendo da versão. Na primeira versão, mais bestial, a princesa se ​​casou com o cão sem rodeios e mudou-se para as montanhas, onde os dois tiveram uma dúzia de filhos. Na segunda versão, Panhu disse ao imperador para colocá-lo sob um sino enorme por sete dias, após o qual ele iria emergir como um homem. O imperador agradeceu, mas no sexto dia, a princesa levantou o sino e descobriu que Panhu tinha apenas parcialmente se transformado – o seu corpo era o de um homem, mas ele ainda tinha a cabeça de um cão. Tomando o que ela poderia começar, a princesa se ​​casou com o Panhu quimera, e deu à luz a raça Yao.

7 – Cadejo Negro, A Incarnação de Satanás


Lendas folclóricas da América Central são, talvez, um pouco da sabedoria mais sub-traduzida no mundo. Enquanto a maioria de nós estão familiarizados com os panteões asteca e maia, as lendas dos povos Ladino da Guatemala permanecem envoltas na obscuridade.

Uma de suas lendas mais importantes diz respeito aos Cadejos, espíritos que tomam a forma de cães. Segundo a lenda, há três tipos de Cadejos – Cadejos branco e preto, cães normais nascidos a partir de um Cadejo, e o próprio Satanás. Cadejos Brancos são espíritos geralmente úteis e Cadejos negros são sua contraparte maléfica. Cadejos Negros perseguem suas presas nas noites sem lua, subindo por trás deles em becos escuros para roubar suas almas. Eles não podem ser mortos, e a única proteção contra eles vem de Cadejos brancos, que servem para frustrar as maquinações do mal dos negros.

São inúmeras as histórias de Cadejos Negros em toda Guatemala, mas as descrições são geralmente as mesmas: um cão enorme que é negro como a noite com os olhos que brilham como brasas e cascos de cabra em vez de patas. Uma história particularmente inquietante fala de um Cadejo Negro que seguiu um bêbado até sua casa uma noite. O bêbado foi atacado por ladrões, mas o cão saltou para a briga e os rasgou em pedaços. Supondo que o cão era o seu guardião, o bêbado voltou para casa com ele, apenas para ser morto pelo Cadejo em sua porta.

6 – Teju Jagua, A Besta de Fogo de Sete Cabeças


Até muito recentemente, a língua Guarani tinha forma não escrita. Tradições e lendas foram passadas ​​no boca à boca, e muitas dessas histórias mudaram drasticamente enquanto eles fizeram o seu caminho sobre as colinas e montanhas do Paraguai e sul do Brasil.

Mas uma lenda aterrorizante atingiu todas as pessoas Guarani relativamente intactas: Teju Jagua, o deus lagarto com “siete Cabezas de perro”, ou sete cabeças de cão. Esse deus é um dos sete monstros lendários da mitologia Guarani, todos eles nasceram para Tau, o Maligno.

Teju Jagua vive em uma bela floresta cheia de árvores frutíferas. De um lado da floresta é uma colina mágica coberta de fluxos de mel. Teju Jagua guarda este paraíso com a ferocidade de um demônio. Suas sete cabeças podem ver em todas as direções, e seus olhos podem atirar fogo. Diz-se que, simplesmente olhar para o deus lagarto vai fazer você ficar cego, e quando ele ruge, a Terra treme.

5 – Failinis, O Carrasco de Bestas


Failinis, ou Fail Inis, é um cão que aparece em toda a mitologia irlandesa. É mencionado de passagem em várias histórias e baladas, principalmente no destino dos Filhos de Tuireann. Nesta história, Lugh, a divindade Grande Rei, castiga os filhos de mesmo nome por ter matado seu pai. Ele envia-os em uma missão para trazer de volta uma série de itens mágicos, um dos quais é o cão Failinis, que pertence ao rei de Ioruiadhe e é tão poderoso que “diante dele, todos os animais selvagens caem na terra sem poder.”

As crianças completam sua busca, e Lugh se torna o mestre de Failinis. Essa é a última que ouvimos do cão nessa história, mas vem à tona novamente em uma balada mais tarde, “ouviu-se uma banda de três.” Esta história se passa 50 anos após Lugh adquiridir Failinis, e o cão sem idade é agora propriedade de três viajantes. Até agora, o cão brilha à noite, mata todos os animais em seu caminho, e transforma a água em vinho, quando se banha. É responsável por matar vários homens a mando de seus mestres, e a linha “não há besta que tenha superando sua dureza do combate” sugere que Failinis foi uma verdadeira máquina de matar.

4 – Cu Sith, o Ceifador de Almas


A lenda de Cu Sith descreve uma besta enorme que vive nos penhascos rochosos das terras altas escocesas. O tamanho de um bezerro, Cu Sith tem a pele verde, os dentes como lâminas de barbear, e as patas maiores do que a mão de um homem. As descrições físicas já são aterrorizantes o suficiente, mas seu verdadeiro propósito é muito mais arrepiante: Cu Sith é o coletor de almas para a vida após a morte. Diz-se que se você for morto por Cu Sith, você sofre nesta vida e na próxima.

Cu Sith caça à noite, escondendo-se em bancos de nevoeiro denso enquanto ele silenciosamente persegue suas vítimas. No início de sua caça, porém, deixa escapar três uivos altos. De acordo com as histórias, você tem até o terceiro uivo para procurar ficar em segurança. Se você não fizer isso, ela vai aparecer bem atrás de você, se lançando para matar.

Em outras histórias, Cu Sith é um “dark minion” das fadas que vivem nas terras altas. Elas enviam a besta para sequestrar mães que amamentam e trazê-las para suas casas nas montanhas, onde elas vão trabalhar para o resto de suas vidas cuidando dos bebês de fadas.

3 – Huay Chivo, O Feiticeiro-Metade-Besta


Nas densas selvas, claustrofóbicos da península mexicana de Yucatán, o Huay Chivo espera. De acordo com os maias, esta aparição aterrorizante é meio animal e meio homem, o resultado do negócio escuro de um feiticeiro com o diabo. Depois de beber o sangue de uma cabra, um feiticeiro pode se tornar um Huay Chivo, que é descrito como uma mistura entre um cão e uma cabra. Você não vai vê-lo, mas você vai sentir quando fechar – o ar de repente ficará frio, e o cheiro de lixo podre virá de algum lugar atrás de você. Ele não vai te machucar… contanto que você não olhe para ele.

O lenda maia do Huay Chivo compartilha muitas características com o nahual, que é mais prevalente em outras partes da América Central. Como o Huay Chivo, um nahual é uma bruxa que se transforma em um cão enorme para se alimentar de gado. Uma história conta sobre a família de um agricultor que passou a noite toda encolhida de medo enquanto os gritos de suas cabras ecxoavam através da noite durante o ataque vicioso de um nahual. Na parte da manhã, as cabras foram encontradas despedaçadas e sem sangue.

2 – Moddey Dhoo, O Perseguidor da Noite


Na costa ocidental da Isle de Man há um forte Viking do século 11 conhecido como Peel Castle. Anos atrás, uma cova anônima foi encontrado dentro do castelo, e no interior do túmulo encontraram os ossos de um cão enorme. Acredita-se que estes eram os ossos do Moddey Dhoo, um enorme spaniel preto que assombrava o castelo durante a noite. Os guardas saiam para caminhar seu turno em pares, de modo que ninguém jamais poderia ser pego sozinho pelo cão.

De acordo com a lenda, em 1670, um dos guardas ficou bêbado e decidiu que iria dar a volta para trancar os portões do castelo sozinho naquela noite. Os outros guardas que esperavam na sala de guarda de repente ouviram um barulho e os sons de uma luta, mas eles estavam todos com muito medo de ir ver o que estava acontecendo. Passado algum tempo, o guarda solitário cambaleou de volta para o quarto em um estupor. Ele nunca disse uma palavra e caiu morto três dias depois.

1 – Inu-gami, O Deus Torturado


A mitologia japonesa afirma a existência de um panteão de espíritos conhecidos como kami. Há milhões de kami diferentes, mas um dos mais horrível é o Inu-gami.

Inu-gamis são os cães-deuses e são convocados apenas para a violência indizível. Geralmente descrito como um cruzamento entre uma pessoa e um grande lobo, Inu-gami pode possuir outros seres humanos e usar sua marionete humana para matar e mutilar outros. Inugami-mochi, as pessoas que controlam Inu-gami, andam em um caminho perigoso: Eles serão ricos e poderosos, mas, em troca, eles são desprezados pela sociedade. E se não andar com cuidado com o seu Inu-gami, ele pode rapidamente se transformar neles e rasgam seu corpo em pedaços.

É surpreendente, considerando-se a natureza selvagem do Inu-gami, que o ritual para invocar um é igualmente cruel. Para trazer um Inu-gami do mundo espiritual, você precisa enterrar um cão pequeno até a sua cabeça, em seguida, colocar comida no chão fora de alcance. À medida que o cão se aproxima à fase final de fome, cortar sua cabeça e colocá-la em uma caixa, e você terá um Inu-gami ao seu comando. – É uma lenda, não faça isso com nenhum animal.